Horário: : Segunda a Sexta das 9h às 19h
  Contato : (11) 3812-9492 - (11) 3097-8430

Últimas notícias

Dispositivos-mulher

Dispositivo Intrauterino (DIU): perguntas frequentes

Pílula anticoncepcional, anel vaginal, DIU. Essas são algumas das diversas opções de métodos contraceptivos que uma mulher pode escolher para evitar uma gravidez indesejada, como complemento ao uso do preservativo pelo parceiro. Nesta entrevista, o médico ginecologista Gustavo Kesselring responde algumas das questões mais frequentes sobre o uso do dispositivo intrauterino (DIU). Com duração de 5 ou 10 anos, dependendo do tipo usado, o método está entre os que têm maior índice de eficácia na contracepção.

Quais são os tipos de DIU disponíveis hoje?

Atualmente, encontra-se no mercado o DIU de cobre, livre de hormônios, e o DIU medicado com um hormônio derivado da progesterona (o levonorgestrel) comercializado como Mirena. A principal diferença entre eles é a alteração que provocam no padrão menstrual.

O que acontece com o padrão menstrual?

Com o DIU de cobre, a paciente continua menstruando, e é comum que o fluxo se torne mais intenso. Já o DIU medicado provoca o efeito contrário: após seis meses de uso do dispositivo, cerca de 50% das pacientes passam a menstruar menos ou deixam de menstruar durante o uso desse método. Quando a menstruação se mantém, sua ocorrência é imprevisível.

Qualquer mulher pode utilizar o DIU?

Há casos em que o DIU não é indicado, como para pacientes que apresentem inflamação pélvica ou deformação no útero ou quando há suspeita de gravidez. Recomendo que a mulher consulte o médico que a acompanha para verificar a possibilidade de uso do DIU.

Por quanto tempo é possível permanecer com o mesmo DIU?

O DIU de cobre atualmente comercializado no Brasil tem duração de contracepção de até 10 anos, enquanto o DIU medicado (Mirena) tem duração de 5 anos e, após esse período, é necessário substituí-los para manter a eficácia do método.

Qual a eficácia do DIU e por que é maior quando comparada à da pílula, por exemplo?

Enquanto a pílula tem um índice de falha de 6% — ou seja, seis de cada 100 mulheres que tomam anticoncepcional vão engravidar em um ano —, o índice do DIU fica entre 0,2% e 0,8%. A eficácia do DIU é tão grande quanto a da laqueadura. Essa diferença explica-se pelo fato de que as pacientes muitas vezes se esquecem de tomar a pílula, o que provoca falhas no método, reduzindo sua eficácia.

Há período e local indicados para colocação do DIU?

A colocação do DIU é um procedimento rápido e simples e pode acontecer tanto no consultório quanto no hospital, preferencialmente durante o período menstrual da mulher. Sobre ser doloroso ou não, isso depende do limiar de dor de cada mulher. Algumas mulheres, principalmente aquelas que não tiveram filhos por parto normal – e não terem tido nenhum tipo de dilatação do colo do útero, onde é colocado o DIU – podem sentir bastante dor durante esse procedimento. Nesses casos realizo um teste do limiar de dor no consultório e, se for necessário, oriento a colocação no hospital, com sedação. Quando o procedimento acontece no consultório, faço uso de anestesia local e indico que seja durante o período menstrual da mulher, quando o colo do útero está mais dilatado devido à saída do sangue menstrual.

Quais os principais cuidados que elas devem ter durante a utilização do método?

Recomenda-se revisão um mês após a colocação do DIU para verificar sua posição e a adaptação da mulher ao dispositivo. Depois, indico revisões periódicas a cada seis meses ou em intervalos mais curtos caso haja necessidade. Além disso, outra recomendação importante é que a mulher consulte seu médico caso desenvolva dor no baixo ventre, desconforto pélvico ou corrimento incomum. Se a paciente apresentar algum desses sintomas, é necessária uma revisão para verificar o funcionamento do DIU.

Quais os efeitos colaterais mais comuns?

Eventualmente, as mulheres podem sentir dor pélvica ou abdominal nos primeiros meses de utilização do DIU, que podem ser solucionadas por meio de analgésico e anti-inflamatório. Algumas pacientes podem apresentar cistos nos ovários também nos primeiros meses de uso do DIU. Não há necessidade de tratamento, pois eles desaparecem espontaneamente. Observa-se, ainda, em alguns casos aumento da sensibilidade nas mamas e maior ocorrência de dores de cabeça, principalmente em pacientes que utilizam o DIU medicado.

Por que ainda há baixas taxas de uso pelas mulheres?

Principalmente porque o DIU precisa ser colocado por profissional habilitado, e nem todo ginecologista está capacitado para realizar esse procedimento. Outro motivo para as baixas taxas de uso do DIU é o custo da colocação deste método . Há convênios médicos que não oferecem cobertura para a colocação do dispositivo, apesar de o procedimento ser previsto pela Agência Nacional de Saúde. A cobertura ainda não está completamente institucionalizada no sistema de saúde complementar nem no sistema público. Ainda assim, a procura pelo DIU tem crescido de forma intensa nos últimos anos, especialmente entre as mulheres jovens. As novas gerações preferem métodos contraceptivos de uso facilitado que apresentem maior eficácia e durabilidade, como o DIU.

 Tem outras dúvidas? Mande um e-mail para clinicadrgustavo@uol.com.br

 

 

 

 

 

Saiba mais
PartoHumanizado

Parto humanizado

Você sabe o que significa?

Confira a seguir os princípios e as vantagens da humanização do parto

Dia 10 de junho de 2016 foi talvez o dia mais importante da vida de Aline Pereira. Com 38 semanas de gestação, sua bolsa estourou à meia-noite. O trabalho de parto havia começado. E seria bem diferente da experiência que a maioria das mulheres costuma vivenciar. Aline foi monitorada à distância desde o início do processo de parto pela enfermeira obstetra Beatriz Basile Kesselring e pelo médico obstetra Gustavo Luiz F. Kesselring, que assistiram seu pré-natal. Pela manhã, Aline sentiu as contrações em sua casa acompanhada por Beatriz. Conversas e banhos quentes no chuveiro aliviavam as dores.

Saiba mais
Foto-Cirurgias-mamarias

Cirurgias mamárias

Conheça as principais intervenções cirúrgicas utilizadas no tratamento de câncer de mama

As cirurgias mamárias são uma das ações para o combate ao câncer de mama e podem ser realizadas em pelo menos três modalidades diferentes: mastectomia, adenectomia e ressecção segmentar. A escolha da variação é individualizada, ou seja, é preciso analisar caso a caso para determinar a melhor opção. A decisão baseia-se, entre outros fatores, no tamanho da mama e no tipo, localização e dimensão do tumor. Veja a seguir as características de cada uma delas e em quais diagnósticos são indicadas.

Saiba mais
Métodos ginecológicos

Coletor menstrual: vantagens e desvantagens

A novidade que pode dar mais liberdade à mulher

O copo, como é conhecido o coletor menstrual entre as usuárias, vem ganhando novas adeptas a cada dia. Considerado um absorvente interno, o método é seguro, higiênico e pode ser encontrado no mercado com facilidade. Em geral, é fabricado em silicone ou TPE, um tipo de plástico utilizado na produção de cateteres e implantes médicos. Ambos os materiais não favorecem a proliferação de fungos e bactérias. O coletor também é produzido em diferentes tamanhos.

Saiba mais